Exploramos o crescimento do black metal antifascista no Brasil, destacando bandas que utilizam a música extrema como ferramenta de resistência e crítica a opressões sociais e políticas.
Não é novidade a presença — e infelizmente a ascensão — de bandas de Black Metal com ideologia nazista. Recentemente, o assunto ganhou visibilidade após uma reportagem na maior emissora de televisão do país, trazendo informações que já eram conhecidas por quem vive o underground da música extrema. Essa problemática tem levantado discusões sobre a real essência do gênero.
Embora muitos associem o Black Metal a ideologias extremistas, existe uma corrente crescente de bandas antifascistas. Essa vertente é chamada de Red and Anarchist Black Metal (RABM), que se opõe ao discurso de ódio e defende a justiça social, diversidade e inclusão na cena extrema. Bandas como DarkTower, do Rio de Janeiro, adotam posturas críticas e rebeldes contra as instituições, enquanto a Miasthenia, com mais de 30 anos de existência, destaca-se por sua formação majoritariamente feminina e letras que falam sobre resistência indígena e colonialismo.
Outras bandas como A///Plague, que lançou no ano passado o álbum Solve et Coagvla, continuam essa luta, abordando questões como racismo e homofobia. A Voorish, formada durante a pandemia, expressa sua oposição à extrema direita através de letras que, mesmo sem serem explicitamente antifascistas, refletem um posicionamento claro contra essas políticas. A Sangue de Bode também tem se destacado na cena, misturando estilos e abordando temas como anticristianismo e crítica social. Essas bandas e muitas outras mostram que o Black Metal no Brasil é um espaço de resistência e inclusão.
Para quem deseja explorar ainda mais, conheça as trajetórias de cada uma dessas bandas e mergulhe na profundidade do Black Metal antifascista. Confira os vídeos disponíveis sobre essas e outras produções relevantes no cenário nacional, como o DarkTower – Obedientia, Miasthenia – Bruxa Xamã, e A///Plague – Woe.