Coralie Fargeat diz ter achado “absurdo” pedido feito por estúdio.
A fusão entre as figuras de Demi Moore e Margaret Qualley poderia não ter sida tão macabra, caso a diretora de A Substância tivesse acatado notas do estúdio para “suavizar” o visual de seu monstro.
Apresentando uma criatura grotesca nos momentos finais do body horror, em entrevista, Coralie Fargeat revelou que a Universal Pictures tinha fortes críticas a respeito do que estava sendo feito. Ela afirmou: “O monstro é a parte mais vulnerável de mim que eu expressei neste filme. Então, quando eles rejeitaram [o visual], isso me intrigou.”
Ela também refletiu: “Até os monstros têm que se conformar com alguns padrões de beleza? Isso foi absurdo para mim. Eu não tinha permissão para expressar minha visão de um monstro? Quantas mulheres foram capazes de expressar o que um monstro é para elas?” Apesar das críticas, Fargeat decidiu não abrir mão de sua visão artística. “Decidi correr esse risco até o fim, confiar em mim mesma. Se eu não amar [o monstro], se eu não aceitá-lo, quem vai?”
Com múltiplas indicações ao Oscar 2025, A Substância está disponível no streaming da MUBI e para aluguel digital em plataformas como o Prime Video. O filme segue Elisabeth Sparkle (Demi Moore), uma atriz renomada que enfrenta um golpe devastador no auge de sua carreira após ser demitida.